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quinta-feira, 18 de maio de 2023

VILA AMERICANA/VILA MENSALISTA/VILA OPERÁRIA/VILA TIMBÓ/VILA 129 (BODE)/VILA PIQUIA/VILA VIVEIRO I,II,III.



VILA AMERICANA/ VILA MENSALISTA/ VILA OPERÁRIA/ VILA TIMBÓ/ VILA 129 (BODE)/VILA PIQUIA/ VILA VIVEIRO I,IIe III.

VILA AMERICANA

A Vila Americana foi construída em 1934 na época em que a COMPANHIA FORD chegou a Belterra,foi a primeira a ser construída, possuia um conjunto de casas onde viviam os americanos que coordenavam o projeto.  É um complexo de oito casas que foram construídas especialmente para os norte americanos e para algumas outras pessoas que faziam parte do alto escalão da Companhia Ford. Eles tinham uma vida  totalmente separada (restrita), eles só tinham contatos com os nacionais (os brasileiros)   no momento de labor (o trabalho), então era uma vida totalmente particular nesse aglomerado de cerca de oito casas incluindo o prédio administrativo onde funcionava o escritório da Companhia, onde continua sendo o prédio administrativo da prefeitura de Belterra, no local também funcionou o escritório do IAN Instituto Agronômico do Norte , órgão do governo Federal que assumiu o empreendimento em Belterra pós Companhia Ford . Essa vila era ocupada, pela parte nobre da cidade, e composta por:

CLUBE HOUSE: Frequentada pela classe alta, servia para o lazer dos americanos, onde assistiam cinema, faziam festas, comemorações em datas especiais e jogavam ping-pong e outros jogos de salão. Atualmente funciona a CÂMARA MUNICIPAL DE BELTERRA. 

CASA 1: Foi feita para receber HENRY FORD quando viesse a Belterra, porém ele nunca veio a Belterra,ele tinha medo das doenças tropicais e quando estava planejando a visita a Belterra ocorreu o falecimento de Edsel Ford, o único filho de Henry Ford.

CASA 2: Na era Ford foi ocupada por alguns dos administradores da Companhia Ford,hospedou Getúlio  Vargas  presidente do Brasil na época,  quando veio a Belterra em 10 de outubro de 1940, visitar as plantações de Ford.No período pós companhia Ford a passou a ser moradia do senhor CHAGAS "in memorian" administrador de Belterra. Atualmente  pertence a família da professora Laura Chagas .

CASA 3: Era ocupada por alguns dos administradores da Companhia Ford.( desativada) 

CASA 4: Era ocupada por alguns dos administradores da Companhia Ford.(extinta)

HOSPEDAGEM DOS NORTE AMERICANOS SOLTEIROS : utilizado para hospedar os norte americanos solteiros.

HOTEL: No local  se hospedavam os funcionários do alto escalão, vindos do exterior.

CASA DOS MÉDICOS: Nela moravam os médicos vindos boa parte dos Estados Unidos. Hoje funciona no local o CENTRO DE MEMÓRIA DE BELTERRA.

ESCRITÓRIO DA COMPANHIA FORD: No local funcionava a administração da Companhia, onde eram feitos documentos, pagamentos, e contratos. Hoje no mesmo prédio funciona a prefeitura municipal de Belterra.
VILA MENSALISTA: complexo de 16 casas, nelas moravam os trabalhadores com cargos de chefia, principalmente em atividades de administração; outros que trabalhavam no hospital, como os farmacêuticos; e os russos que faziam o trabalho de autópsias, ou seja, os trabalhadores mais especializados. E recebiam o salário  por mês. 

OPERÁRIA: Nela  moravam trabalhadores com alguma especialização, como mecânicos, marceneiros, carpinteiros, torneiros e tratoristas
VILA TIMBÓ: Nela moravam os funcionários do hospital. 
VILA VIVEIROS I, II e III: moravam os trabalhadores que cuidavam das mudas de seringueiras.
VILA 129:moravam os trabalhadores que desenvolviam atividades braçais no projeto. 

VILA PIQUIA: moravam os seringueiros e campeiros.

Curiosidade Histórica:
De acordo com o Relatório de Archibald Dhonston em Belterra existia um plantio de timbó,da raiz do timbó era extraído  uma substância chamada "Retenona"utilizada como inseticida para pulverizar as mudas de seringueiras. 
Pesquisa de campo realizada por Historiadora  Telminha  Lopes com base em relatos de moradores  Belterrenses e análise da  arquitetura deixada pela CFIB em Belterra.
Entrevistados:
Chardival Moura Pantoja
Pedro Emiliano
Nelson Borges

Fontes Bibliograficas:
PEREIRA,José Carlos Matos . Amazônia. A fala do desenvolvimento  é os modos de vida na cidade.1 edição. Rio de janeiro. 

Pesquisa de campo realizada por Historiadora  Telminha  Lopes com base em relatos de moradores  Belterrenses e análise da  arquitetura deixada pela CFIB em Belterra.

imagens:

**@Belterravistadecima_Odenildo Brito.

**acervo pessoal da Historiadora Telminha.

 VILA AMERICANA

 


CLUBE HOUSE: 





CASA 1: 



CASA 2: 




CASA 3: 




CASA 4: 


HOSPEDAGEM DOS NORTE AMERICANOS SOLTEIROS : 


Hotel: 


CASA DOS MÉDICOS:


ESCRITÓRIO DA COMPANHIA FORD: 


Vila Mensalista:



Operária:  





 Na Vila Timbó






Na Vila Viveiros I , II e III:  

Na Vila 129:

Vila Piquia: .





Pesquisa de campo realizada por Historiadora  Telminha  Lopes com base em relatos de moradores  Belterrenses e análise da  arquitetura deixada pela CFIB em Belterra.



imagens:

**@Belterravistadecima_Odenildo Brito.





quarta-feira, 17 de maio de 2023

UBL(USINA DE BENEFICIAMENTO DE LÁTEX EM BELTERRA.

 UBL (USINA DE BENEFICIAMENTO DE LÁTEX). Funcionou no local onde funciona o CRAS atualmente.Nesse local era feito o beneficiamento da borracha.O látex natural era extraído da seringueira e depois de 3 a 4 horas de sangria era feita a sua coleta: o látex era retirado das canecas e colocado em um recipiente, no momento da coleta era adicionado o anticoagulante (Amônia  ou santo bryt) para que o látex permanecesse em estado líquido. Após o procedimento o látex era levado para a UBL, ao chegar possuía uma concentração aproximada de 30% a 35% de borracha, onde após seu beneficiamento em centrífugas passava a ter uma concentração de 60% de borracha, 38% de água é 2% de outros. O látex centrifugado precisava ter 60% de concentração de borracha, assim tornava-se um material com excelente propriedade vulcanizante, alta resistência e alta elasticidade. 

Em uma conversa  com CHARDIVAL MOURA PANTOJA.( Nascido e criado em Belterra, foi funcionário do Ministério da Agricultura e atuou na Usina de beneficiamento de látex).

Chardival contou: “Trabalhei na UBL (Usina de Beneficiamento de Látex) no período em que Belterra foi administrada pelo ministério da agricultura, iniciei minhas atividades no ano de 1957 lembro que as máquinas eram pesadas, eram 4 máquinas onde era feito o beneficiamento de látex , o leite de seringa era batido nas máquinas, após esse procedimento era levado para o laboratório para detectar se tinha 60 % de teor de borracha ".

Segundo os relatos de Chardival, somente após ser feita a análise do látex e comprovado os 60% de borracha, poderia ser embalado e levado para o mercado externo. Portanto se não fosse comprovado os 60% de borracha o látex não podia ser vendido e voltava novamente para UBL onde era refeito o procedimento.

Pesquisa realizada no ano de 2020 por: Historiadora Telminha  ( Professora Telma Lopes).

Entrevistado:Senhor Chardival Moura Pantoja.

Imagens:

*Acervo da Historiadora Telminha Lopes

*@Belterra vista de cima-OdenildoBrito



CAIXA D'AGUA:SÍMBOLO DA PRESENÇA NORTE AMERICANA EM BELTERRA.

 Caixa d'água: símbolo da presença  norte- americana em Belterra.

As caixas d água tinham grande importância no combate aos incendios nas plantações de seringueiras que haviam em Belterra no período Ford  (1934 a1945), no alto da caixa d'água ficava um fiscal observando todas as quadras de seringueira,quando avistava algum incêndio, ele avisava onde era o incendio através  da potente sirene,a sirene era acionada 2 vezes.

A sirente  é  conhecida como "apito da caixa d'água," também  era utilizada para avisar os trabalhadores sobre a hora de entrada e saída no trabalho.

Em Belterra existem duas  caixa d’água instaladas pela Companhia Ford . 

Atualmente as caixas d'água  são  pontos de visitação turística, e ainda são utilizadas para o abastecimento de água. A caixa d' água instalada na estrada um  possui uma potente  sirene. 

O som que servia para marcar o expediente dos trabalhadores nos seringais soa até hoje: indica os horários às 6h, hora de acordar; às 7h, para começar o trabalho; às 11h, uma pausa para o almoço; às 13h, o fim do intervalo; e depois  16h e 30,avisando o  final do expediente. 


CURIOSIDADES:


*Somente a caixa d'água  localizada na estrada um possui sirene.

*Na época  da administração  da Companhia Ford somente a caixa d'água localizada na estrada um possuia sirene.

*Quando ocorre o falecimento  de Belterrenses nativos ou reconhecidos com filho da terra pelos serviços  prestados,a sirene é  acionada na hora do sepultamento,marcando a partida eterna dos filhos desta Bela terra.


Referências:

*Pesquisa realizada no ano 2020 por Historiadora Telminha(Professora Telma Pereira Lopes).

Entrevistado: Chardival Moura Pantoja.

imagens:acervo da Telminha Lopes.


*página @belterravistadecima de Odenildo Brito.












OS HIDRANTES EM BELTERRA.

 OS HIDRANTES.






Hidrante é um equipamento de segurança usado como fonte de água para combater incêndios. Em Belterra na época da Administração da companhia Ford os hidrantes eram usados para auxiliar os bombeiros no combate de incêndios, foram instalados 10 hidrantes,são pintados na cor vermelho e colocados em lugares estratégicos:

* Um na vila americana enfrente ao extinto hospital Henry Ford (hoje local onde fica localizado o MUCA).

*Um na vila america em frente ao club house( hoje Câmara de vereadores).

* Um na vila Americana em frente ao bosque das seringueiras.

*um na estrada um, em frente ao cercado.

*Um na vila mensalista em frente a uma casa da Vila americana.

*Um na estrada um ,canto com a vila operária.

*Um na estrada um, um enfrente a caixa d'água.

*Um em frente a antiga serraria.

**Dois dentro do cercado. 

Pesquisa de campo realizada por:Historiadora Telminha (Professora Telma Lopes) _2019.

Fotos: imagens da Internet.

ACAMPAMENTO CONSTRUIDO EM SAMAÚMA(ATUAL PORTO NOVO),PRIMEIRO PORTO DA COMPANHIA FORD EM BELTERRA.

ACAMPAMENTO/SAMAÚMA. 






Em  1934 a  CFIB Companhia  Ford Industrial do Brasil começou a  ter acesso a  nova concessão, hoje Cidade de BELTERRA.Esse acesso era feito através  da comunidade Samaúma situada a foz do igarapé
Samaúma, na margem direita do Rio Tapajós .Nesse local a companhia implantou um atracadouro e deu-lhe o nome de PORTO NOVO.Um pouco afastado da margem do rio,a beira do Igarapé samauma, foi instalado o canteiro de obras (escritório, posto de saúde, cantina,alojamentos de palha e madeira regional eram construídos de acordo com o número de pessoas  que chegavam em Porto  Novo,a maioria eram trabalhadores que vinham transferidos de Fordlandia.)Esse canteiro de obras passou a ser conhecido como "ACAMPAMENTO" .No mesmo local, anos mais tarde, a companhia implantou a estação de captação de água para atender as 8 quadras e finalmente a toda a cidade, na época .

Pesquisa:Historiadora TELMINHA LOPES.

Referências bibliográficas:Relatório de Archibald  Johnston.

terça-feira, 16 de maio de 2023

HOSPITAL HENRY FORD





 HOSPITAL HENRY FORD



A Companhia Ford construiu em Belterra o hospital HENRY FORD na década de 1930, Os moradores mais antigos relatam que era o hospital mais equipado da região. Segundo o relatório de Archibald Dhonston a necessidade da companhia Ford investir em saúde se deu por causa da quantidade de trabalhadores nas plantações e da distância até ao centro urbano mais próximo (Santarém). Sabemos que quem vive na floresta convive com muitos insetos e animais peçonhentos comuns na Amazônia. Diante do cenário a saúde dos trabalhadores da Companhia Ford estava mais vulnerável, portanto fez-se necessário a construção de um hospital. O Hospital ficava localizado na Vila Americana, seguindo o mesmo estilo das casas construídas no estilo norte americano. Os médicos eram de diversos países, como França, Holanda e também brasileiros, no hospital eram atendidos pacientes de vários lugares do Brasil, É importante ressaltar que os procedimentos cirúrgicos realizados eram dos mais simples aos mais modernos. O hospital fez parte da história de muitos belterrenses e de muitas pessoas da região.

Infelizmente esse patrimônio histórico foi dizimado por um incêndio no ano de 2005. No local onde era o hospital funciona a secretaria de saúde e esta sendo construído o Museu Histórico da cidade. 


Historiadora Telminha Lopes(Telma lopes)


Referencias bibliográficas: Ford plantation relatório de Archibald Dhonston.

Fotos:Arquivos  do Senhor P.Silva 

ESCOLA SANTO ANTÔNIO (BELTERRA).








 ESCOLA  MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SANTO ANTÔNIO. 


A Escola Santo Antônio foi fundada em 12 de março de 1956, pelos  franciscanos atuantes na região,por intermédio de Dom Floriano Loewenal Bispo de Santarém e Frei Osmundo Menges vigário de Belterra.

No mesmo ano a escola passou a funcionar legalmente  e passou a se chamar Escola Paroquial Santo Antônio, sendo direcionada pelas irmãs do preciosíssimo sangue. A qualidade na educação e os padrões disciplinares impostos pelas freiras marcaram a trajetória  de seus alunos proporcionando- lhes uma boa formação,sendo fundamental para o sucesso profissional.

É importante ressaltar que a escola era patrimônio da prefeitura de Santarém.


   No ano de 1960, o governador do estado do Pará Luiz Geolas de Moura Carvalho, através do decreto 3.065 /6 de junho de 1960, autorizou a escola a funcionar como Ginásio Normal Santo Antônio.Os jovens que concluíam seus estudos no Ginásio Normal Santo Antônio  estavam aptos a ministrar aulas.


     Na década de 80,o educandário teve um grande progresso , possuía turmas de primeiro e segundo grau ofertado pelo sistema modular de ensino oferecendo os cursos de Magistério e Contabilidade . Contribuindo para a introdução  dos jovens Belterrenses no mercado de trabalho.


    A partir do ano de 1998 a escola foi municipalizada, passou a se chamar Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Antônio. Atualmente a escola atende alunos de 6° a 9° ano do ensino fundamental, sendo mantida pela prefeitura  municipal  de Belterra e direcionada pelos  professores Ivanilson Porto e Cristiana Serrão.


RELATOS DE EX -ALUNOS DA ESCOLA  SANTO ANTONIO:


"Nos estudavamos como os melhores daquela época Doutor Ivaldo,DoutorArivaldo,Professora Creusa, Professora Darci,Professor Pedro, Ariovaldo,Professora  Josefa Borges(In memoriam) não tínhamos muitos bem materiais porém  tinhamos o essencial que era muita dedicação  por parte dos professores,tenho a convicção  que tive os melhores professores que um aluno pode ter" relatou o  Capitão  Ruy Lobo (ex- aluno da Escola Santo Antônio).


"Os professores eram muito dedicados   tenho excelentes lembranças  dos jogos,das festas juninas e da sala de aula,Santo Antônio  é  minha escola do coração"  relatou a historiadora Letícia Marques ( ex -aluna  e professora  do educandario).


""A Escola Santo  Antônio  marcou a vida de muitos que passaram por lá ,Era tudo muito bom as festas juninas,os jogos" relatou Angelica Corrêa ex-aluna.


"Eu nasci no chão Belterrense tive oportunidade de estudar na Escola  Santo Antônio estudei jardim escolar e o ensino primário na época da Escola Paroquial Santo Antônio.As professoras que lecionavam na escola eram freiras,antes de assistirmos as aulas participamos da oração  .Aprendi muito na Escola  Santo Antônio "  relatou Guilherme Lucas  Mateus ex- aluno.


"Para estudar o ginásio na Escola  Santo   Antônio  era necessário ser aprovado em uma prova de seleção. Estudei na Escola Antônio  no 1973 .minhas professoras foram a Professora Rosenida(In memoria), Professora Carmem graça, Professora Nazaré  Cruz e  Professora Elza Sena"  relatou João  Batista P. Silva ex-aluno.


Pesquisa: Historiadora Telminha Lopes.


Referências bibliográficas : 


_____Projeto politico pedagógico da Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Antônio.trajetoria da Escola. Belterra. 2022.


Pesquisa de  campo:

Entrevistas com ex alunos:Historiadora Letícia  Marques,  Capitão  Ruy Lobo, Angelica Corrêa, João  Batista silva(p.silva)Guilherme  Lucas Mateus,professor Pedro Emiliano .Trajetória da escola Santo Antônio. LOPES telminha.2022.


imagens:

arquivos  pessoais do Guilherme

arquivos pessoais  de p Silva

arquivos da Telminha lopes. 

arquivos pessoais da Letícia Marques.

FUNDAÇÃO DE BELTERRA










 FUNDAÇÃO DE BELTERRA

Como tudo começou?


Henry Ford, nascido nos EUA, proprietário de uma fábrica de carro, chamada de Ford Motor Company, teve a ideia de produzir borracha na Amazônia. Pensou em produzir sua própria matéria prima e, garantir o abastecimento de látex para a fabricação dos pneus dos seus automóveis a preços competitivos. Ford mandou uma equipe fazer a escolha da área, pois ele conhecia a história e geografia, sabia que saíram 70 mil sementes de seringa da Amazônia e foram plantadas nas colonias Inglesas, superando a produção de borracha na Amazônia e ocasionando a decadência da borracha na Amazônia.

Quando a equipe de Ford chegou na Amazônia foram diretamente a Boa Vista, posteriormente chamado de Fordlândia. 

Jorge Dumont Vilares, herdeiro de uma afortunada família cafeeira de São Paulo, ficou sabendo do interesse de Ford na área e, conseguindo grátis essa concessão junto ao Governador do Estado do Pará que na época era Dionisio Bentes.

Segundo Greg Grandin, na luta pela borracha no Brasil Henry Ford pagou $125.000mil dólares a Vilares para ficar com a terra, que com o Estado do Pará poderia ter conseguido gratuitamente se tivesse tratado diretamente com o Governador. Adquirida a terra, recebeu o nome de Fordlândia, em dezembro de 1928, dois navios Lack Omorc e Lack farge depositaram em Fordlândia os componentes que estruturaram a nova cidade.

 A nova cidade, a companhia ofereceu aos seus trabalhadores água encanada, moradia, cinema, luz elétrica, porto, oficina mecânica, restaurante, campo de futebol, igreja, hidrantes nas ruas, caixas d’agua e empregos para a população, porém, o projeto de Ford não deu certo. 

O mal das folhas, doença causada pelo fungo "microcyclus ulei" atacou os seringais. A topografia do local, solo arenoso, o difícil acesso, a distância do centro urbano mais próximo, causaram a decadência do projeto Ford em Forlândia. Diante disso, a companhia trouxe um especialista para diagnosticar os problemas. Várias expedições foram realizadas até encontrar um local para dar continuidade no projeto, o local escolhido foi Bella Terra, solo de terra preta, que foi um dos critérios para a escolha do local onde hoje é a cidade de Belterra. 

FUNDAÇÃO DE BELTERRA.

Belterra foi fundada no dia 04 de maio do ano de 1934,Belterra era chamada de Bella terra pelos americanos.

Bella Terra foi cedida pelo governo brasileiro à Companhia Ford. Os primeiros operários foram contratados em 1934, e em 4 de maio do mesmo, ocorreu a derrubada da floresta e iniciado o processo de plantio dos seringais, construção das casas e do hospital da cidade,todos foram construídos no modelo americano.

A educação em Belterra era mantida pela companhia, segundo relatos históricos, a educação em Belterra era de excelente qualidade. Uniformes padronizados e professores especialistas. Como Belterra foi criada em função de uma empresa, seus empregados precisariam de um lugar para morar, portanto, Belterra foi dividida em vilas.

Vila Americana, onde os médicos e doutores moravam, trata-se da parte nobre da cidade, localizava-se próximo à praça, essa vila, possuía clubes de festas e bailes, frenquentado pela classe nobre.

Vila Operária, onde moravam os operários, localizada na parte periférica da cidade, e caracterizada pelas pequenas casas.moravam nesta vila duas famílias dividindo a mesma casa.

Vila Mensalista, era onde os empregados que recebiam salários a cada 15 dias.

Os hidrantes foram instalados para auxiliar no combate aos incêndios caso ocorresse nas plantações. 

A implantação da Companhia Ford em Belterra, era visto como oportunidade e prosperidade para a região, vieram pessoas de diversos estados brasileiros com a esperança de conseguir melhores condições financeiras. Diferente das plantações feitas em Fordlândia, em Belterra, houve uma preocupação dos técnicos em relação a seletividade das mudas de seringueira. 

O principal centro de Belterra era a estrada um, onde funcionava o escritório, hospital, clube, almoxarifado, praça, cinema, hotel, restaurante, escola Henry Ford, hoje Waldemar Maués e principais estabelecimentos comerciais. Fatos como o mal das folhas e a morte de Edsel Ford contribuíram para a venda do projeto de Ford para o Governo Brasileiro. Belterra foi administrada pela companhia Ford de 1934 a 1945.

Telminhahistoriadora(Professora Telma Lopes)

Pesquisa bibliográfica baseada no livro de Greg grandim e Oti Santos.

FINAL DA COMPANHIA FORD EM BELTERRA

 FINAL DA COMPANHIA FORD EM BELTERRA



Os principais motivos que causaram a decadência do projeto de Ford em Belterra foram:O mal das folhas causado pelo fungo Microcyclus ulei(sendo considerada a principal doença da seringueira), a morte do filho de Henry Ford, e a descoberta da borracha sintética.


BREVE RELATO HISTÓRICO :

No ano de 1940, além da grande ocorrência de doenças nos seringais a Companhia Ford Industrial do Brasil contava com um número reduzido de empregados, e a produção estava muito abaixo da meta de Henry Ford. 

"Edsel Ford" filho de Henry Ford era na época presidente da Companhia Industrial do Brasil e da Ford Motors Company nos Estados Unidos. O mesmo faleceu .

segundo Greg Grandim ,Após o falecimento de Edsel Ford, a idade de Henry Ford já está avançada, e em setembro de 1945 o neto de Ford, Henry Ford II assumiu a administração da companhia Ford e vendeu o projeto ao governo brasileiro .

De acordo com a bibliografia de Oti Santos o projeto ( Belterra e Fordlândia) foi vendido para o governo brasileiro por cinco milhões de cruzeiros.

Esse período podemos considerar como final da era Ford em Belterra. Após a venda do projeto, Belterra passou a ser administrada pelo IAN (Instituto agronômico do Norte), na época coordenado por Felisberto Camargo.

Ressalto que Henry Ford e o seu Filho Edsel Ford nunca vieram a Belterra.


Relatos da Historiadora Telminha Lopes_(Belterra).


********De acordo com a lei 9.610 de 1998,este texto possui direitos autorais*****************


Referencias bibliograficas:


 GRANDIN,Greg _Fordlândia;Ascensão e queda da cidade esquecida de Ford na selva ;Ricco,2010.


SANTOS ,Oti_Belterra a sua história;Edi.2004


Fotos :internet(acervo o globo)1925.

Cyte som

  HISTÓRIA DO CYTE                                                                                                       Belterra na década ...